Eduardo Baptista rasga elogios a Felipe Melo: “Queria ter 10 no meu time”
Treinador teve passagem pelo Verdão no começo de 2017
Campeão do Campeonato Brasileiro de 2016, o Palmeiras não pôde continuar com o técnico Cuca para o começo de 2017 já que ele mesmo havia pedido para não continuar para se dedicar a um problema pessoal. Sem ele, o Verdão foi atrás de Eduardo Baptista, que ficou poucos meses no Allianz Parque.
Contratado em janeiro, Eduardo Baptista ficou no Verdão até abril, quando foi demitido para o retorno de Cuca. Ao Uol, o treinador que hoje está no Mirassol relembrou sua passagem no Palmeiras e explicou os motivos de sua demissão:
“A verdade é que eu saí do Palmeiras porque nós perdemos para a Ponte Preta, foi a grande situação. É uma filosofia que você tem que ganhar tudo sempre e não é assim, a gente sabe que no futebol, e ainda mais o futebol brasileiro, você não vai ganhar tudo sempre. A gente perdeu para a Ponte Preta numa tarde ruim, e aí a gente perdeu o jogo e foi difícil para reverter.”
O treinador também relembrou a famosa coletiva de imprensa, quando perdeu a paciência após a vitória histórica contra o Peñarol no Uruguai e uma briga campal iniciada pelos uruguaios:
“Aquela coletiva é do momento do jogo, foi complicado contra o Peñarol, teve uma discussão com o Felipe Melo que já vinha de antes, do primeiro jogo. Um jogo também muito pesado e Libertadores é sempre muito quente, fazia acho que uns 40 anos que o Palmeiras não ganhava na Libertadores de um time uruguaio, a última vitória do Palmeiras tinha sido com o Ademir da Guia ainda. O clima esquentou lá, mas faz parte e fica para trás.”
Felipe Melo foi um dos protagonistas daquele episódio em Montevidéu, mas Eduardo Baptista nunca escondeu a admiração que tem pelo volante. O treinador afirmou que gostaria de ter mais jogadores como ele em seu time:
“Eu queria ter 10 Felipe Melo no meu time. Ele é um cara extremamente profissional, competitivo, não aceita perder, é competitivo no par ou ímpar, é competitivo num joguinho que você faz no aquecimento de quatro contra dois. Ele é um cara que questiona muito a parte tática, conversa, participa das decisões. O cara não jogou na Juventus tanto tempo, não é rei na Turquia [à toa], ele é um baita jogador e eu tenho uma relação de amizade com ele.”
Depois de sua demissão do Palmeiras, Eduardo Baptista rodou por vários clubes do futebol brasileiro. Passou por Athletico Paranaense, voltou à Ponte Preta, comandou Coritiba, Sport, Vila Nova e CSA até assumir o Mirassol, onde conquistou o acesso da Série D para a Série C do Campeonato Brasileiro.