Ídolo do Palmeiras, Mazzola explica por que jogou a Copa de 62 pela Itália

Um dos mais importantes nomes do Palmeiras no final dos anos 1950, o ex-atacante Mazzola passou por um fato curioso em sua carreira. Ele disputou duas Copas do Mundo com duas seleções diferentes.

Campeão da Copa do Mundo de 1958 com o Brasil, ele esteve na Copa de 1962 com a Itália.

Em entrevista à TV Palmeiras, Mazzola explicou o motivo por ter trocado de seleção.

Segundo o ídolo, na época, o Brasil convocava apenas jogadores que estavam no país, o que impediu sua convocação para 1962 já que ele jogava pelo Milan:

“O Brasil não chamava quem jogava no exterior. Em 61, o meu tio procurou a CBD (antiga CBF) e perguntou se eu seria convocado e disseram que não, que só convocavam quem estava no Brasil.”

Ao mesmo tempo, Mazzola recebeu o convite da seleção italiana já que tinha o passaporte do país e estava em ótimo momento com a camisa do Milan:

“Eu fui penalizado, tinha 23 anos e não iria jogar o Mundial. A Itália me convocou porque eu tenho passaporte italiano, e acabei jogando. E foi um drama para mim. O que os jornais brasileiros disseram… horrores ‘mercenário’.”

Pelo Palmeiras, Mazzola jogou entre 1956 a 1958. Durante o período, o Verdão não conquistou títulos, mas o ex-jogador marcou seu nome na história pela quantidade de gols marcados.

Foram 85 gols em 114 jogos disputados, o que representa uma média de 0,74 gol por jogo, uma das maiores médias de gol da história do Palmeiras.

Venda de Mazzola fez Palmeiras montar a Primeira Academia

O destaque de Mazzola foi tanto que o jogador foi vendido ao Milan em 1958 por valores considerados astronômicos para a época.

Com o dinheiro da venda de Mazzola, o Verdão começou a montar o time que encantou o país nos anos 60, a Primeira Academia, com ídolos como Ademir da Guia, Chineisinho, Julinho Botelho e outros.

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